Algumas metodologias tornam-se únicas por décadas, apresentando sempre o mesmo resultado, afinal, é através destes resultados que sua fama se mantém.
Podemos exemplificar as práticas DevOps de CI/CD (Integração Contínua e Entrega Contínua), onde obter melhores resultados de uma esteira recorrente de disposição de aplicações de forma automatizada, por sprints, ou releases, como alguns preferem, é o que se espera e o que se busca, sempre que são adotadas.
Isto acontece em função de dificuldades encontradas em ir além, ultrapassar a barreira delimitada pela prática, inovando e trazendo evoluções que fazem com que se tornem algo de fato a seguir, sem muitos questionamentos.
Quando pensamos em Gestão Financeira em Nuvem (CFM – Cloud Financial Management), mais conhecido como FinOps, encontramos as práticas sendo aplicadas tal como nasceram, adotando métodos e processos ágeis, capazes de entregar uma governança em custos tal como se espera.
Contudo, como ir além?
A resposta vem somente através da experiência prática.
Uma organização, visando fazer uma gestão financeira adequada em seus ambientes em
nuvens, concentra-se no que chamamos de Framework FinOps.
Ele se resume em seguir as determinações da FinOps Foundation, sendo:
Princípios
Os princípios são o direcionamento que a cultura prega, permitindo que aqueles que desejarem aplicá-la possam se orientar no sentido de “o que se deve seguir”.
- As equipes precisam colaborar
- O Financeiro deve acompanhar a velocidade e a granularidade da área de TI;
- Os custos agora entram como uma nova métrica de eficiência operacional;
- A melhoria contínua deve ser aplicada para ganhar eficiência e inovação;
- Uma governança, aliada à controles, deve ser adotada para o bom uso da nuvem.
- Todos se apropriam do uso da nuvem
- Capacite as equipes de recursos e produtos para gerenciar melhor o seu próprio uso da nuvem em relação ao seu orçamento;
- Obtenha visibilidade dos gastos na nuvem em todos os níveis da sua empresa;
- Acompanhe as metas em nível de equipe para impulsionar a responsabilidade de cada uma.
- Uma equipe centralizada impulsiona o FinOps
- Centralizar a governança e o controle das possibilidades de descontos por uso contínuo, instâncias reservadas e por volume/personalizados com os provedores de nuvem;
- Centralizando, elimina-se negociações de taxas baseadas na operação;
- Uma equipe centralizada permitirá a alocação granular de todos os custos, diretos ou compartilhados.
- Os relatórios devem ser acessíveis e oportunos Feedback rápidos e contínuos permitem um comportamento mais eficiente;
- A visibilidade em relatórios permitirá ajustar recursos sub ou super provisionados;
- Alcançar a melhoria contínua através da automação de aquisição e uso de recursos.
- As decisões são orientadas pelo valor comercial da nuvem
- Entender as causas dos aumentos dos custos através de uma análise de tendências e variações;
- Impulsionar as melhores práticas e comemorar as vitórias através de um benchmarking interno das equipes;
- Melhorar o desempenho do negócio através de benchmarking de mercado (empresas similares ou afins).
- Aproveite o modelo de custo variável da nuvem.
- Impulsionar os níveis de aquisição e uso de recursos mais apropriados através do redimensionamento de instâncias e serviços;
- Conquistar melhores decisões através da comparação de preços entre players, serviços e preços.
Personas
As personas, como são reconhecidos os integrantes da cultura FinOps, serão os responsáveis pela prática dos princípios e de torná-los uma realidade.
⦁ Praticante de FinOps
Tem o papel de unir as equipes de negócios, TI e finanças, permitindo decisões baseadas em evidências em tempo quase que real, ajudando a otimizar o uso da nuvem e aumentar o valor comercial.
⦁ Executivos
Executivos, como vice-presidentes, CTOs/CIOs, chefes do centro de excelência em nuvem (CCoE) e CFOs, concentram-se em gerar responsabilidade e criar transparência, garantindo que as equipes sejam eficientes e não excedam os orçamentos.
⦁ Proprietário do negócio/produto
Conhecidos como Dono do Produto (PO – Product Owner), como um Diretor de Otimização de Nuvem, Analista de Nuvem ou Gerente de Operações de Negócios, são responsáveis pela evolução e roadmap de produtos e serviços seguindo as determinações da prática FinOps.
⦁ Engenharia e Operações
Engenheiros e membros da equipe de operações que se concentram na construção e serviços de suporte para a organização que sejam aderentes à cloud utilizada e às regras de negócios baseadas em FinOps.
⦁ Finanças/Aquisições
São profissionais FinOps para entender os dados históricos de faturamento para que possam participar da criação de modelos de custo cada vez mais precisos. Eles usam as previsões e experiência da equipe FinOps para se envolverem em negociações de taxas com provedores de serviços em nuvem com maior eficácia.
Fases FinOps
● Informar
Neste sentido, o verbo informar se traduz por “tomar ciência”, ou seja, antes de tudo, ter o conhecimento profundo do que envolve um ambiente em nuvem. A partir do conhecimento, tomar ações que permitissem a visibilidade, através da observabilidade, e a alocação de recursos, conforme o que se observou.
● Otimizar
A otimização vem como a principal fase, pois é dela que nasce a inteligência que permitirá a contenção dos gastos e então iniciar a gestão de custos conforme o negócio pede.
Classificar e definir regras de uso são fundamentais para a otimização, pois permitem olhar os ambientes de acordo com as regras de conformidade de uma organização. Não se pode cortar recursos sem saber o impacto que isto pode gerar nos negócios.
● Operar
Tendo conhecimento dos ambientes em nuvem e tendo-os otimizados, entra em cena a operação baseada na cultura FinOps, e não mais na DevOps, de forma exclusiva. As duas agora andam juntas, ou melhor, DevOps sob o comando FinOps.
Tudo isto irá remeter uma organização para o estado da arte em governança de custos, especialmente depois que os squads FinOps se alinham com os DevOps e uma fluidez quase que orgânica se estabelece.
Então, como mágica, tudo se estaciona e fica na mesma, seguindo os fluxos definidos para gestão e controle de aquisição e uso de recursos, avaliando as regras de negócios e a performance das cargas de trabalho. Se tudo vai bem, tudo continua bem.
É hora de inovar. Ir além da simples redução de custos e colocar inteligência em tudo isto, gerando valor ao que foi construído, mais do que se espera.
Isto significa automatizar as práticas FinOps em frameworks prontos para trabalhar em função de melhorias contínuas de forma automatizada, permitindo visões de inteligência nos negócios, combinadas com inteligência artifical que evoluem através do aprendizado de máquina, gerando possibilidades com base em analytics estruturado.
Vejamos alguns destes frameworks:
Suite de BI (Business Intelligence) para FinOps
Uma solução que, além de entregar uma visão dos custos em Cloud, permite segmentá-los
por unidade operacional de uma empresa, combinando com métricas de negócio para se ter
visões de CPT (Custo por Transação) e insights relevantes para a continuidade da
governança em custos.
O LightHouse (https://piercloud.com/lighthouse-bi-para-finops/) faz isto e muito mais.
Gestor de Conformidade com a Operação
Trata-se de um sistema MultiCloud, composto por uma série de regras customizadas que permitem que você controle seus recursos para estabelecer se algum está fora de políticas de boas práticas ou até mesmo ocioso, como, por exemplo, saber se existe algum banco de dados em produção sem conexão por um tempo demasiado.
O Cloud Compliance Analyzer (CCA) (https://piercloud.com/cca/) oferece estas facilidades e ajuda seu squad FinOps a ter alertas automatizados com base em regras de uso, de fácil interpretação.
FinOps Journey Analyser – Analisador de Jornada FinOps
Não basta estar com FinOps rodando na sua organização, é preciso garantir a sua continuidade e, principalmente, garantir que ele evoluirá conforme o seu negócio pede.
O Space (https://piercloud.com/space/) faz justamente isso. Nele você acompanha a evolução da jornada FinOps na sua empresa, identificando facilmente áreas onde você deve priorizar esforços e benchmarking, garantindo que seu CCoE (Centro de Excelência em Cloud) esteja munido do que há de mais atualizado para a continuidade da governança dos custos.
Tudo isto é ir além da prática FinOps. É adotar inteligência, inovação e tecnologias que, seguramente, irão garantir o sucesso da implantação de FinOps no seu negócio.
Venha ultrapassar a barreira da simples redução de custos com nossas ferramentas.
PIER CLOUD – Especialistas em FinOps
Sendo a prática FinOps uma cultura desenvolvida pela FinOps Foundation, todo o crédito de fases informada neste modelo é, por direito, dela, disponível em https://www.finops.org/ e foram adaptadas para melhor entendimento, seguindo fielmente os conceitos determinados na sua publicação original.