Iniciando um novo ciclo, temos sempre novas oportunidades de reflexão sobre nossos ambientes computacionais dispostos em nuvens públicas.
Diversos objetivos são traçados no início de um novo ano fiscal, geralmente focados no aumento de produtividade destes ambientes, tais como aprovisionamento de orçamento extra para aumento de demanda, desenvolvimento de novos componentes de aplicação para melhorar o controle, ampliação da arquitetura de infraestrutura para atendimento de novas cargas de trabalho e etc.
Tudo muito bem pensado, contudo a governança de custos em cloud quase nunca entra neste planejamento, provocando um aumento considerável de gastos que poderiam ser facilmente gerenciados com a prática FinOps.
Adoção de uma cultura de governança em cloud baseada no Cloud Financial Management (Gerenciamento Financeiro em Nuvem), já consolidado como FinOps, requer um conhecimento específico que vai além dos domínios da arquitetura técnica, porém é de fácil aplicação e gestão, especialmente com a implantação de frameworks capazes de entregar visibilidade necessária para esta ação.
E é seguramente possível conseguir resultados num curto espaço de tempo, com reduções que beiram a casa dos 60%, como já pudemos observar em alguns casos já experimentados.
Adoção FinOps
Basicamente o que se precisa fazer é conhecer o que é FinOps e como pode ser implementado seguindo as melhores práticas de mercado.
Relembrando, “FinOps é uma prática cultural e disciplinar de gerenciamento financeiro em nuvem em evolução que permite que as organizações obtenham o máximo valor comercial, ajudando as equipes de engenharia, finanças, tecnologia e negócios a colaborar em decisões de gastos orientadas por dados” – https://www.finops.org/introduction/what-is-finops/ – capaz de entregar oferecer um processo de governança de custos em nuvem que irá garantir a continuidade da sua operação, porém com uma inteligência de adoção de recursos muito mais eficaz.
Sua adoção passa por uma cultura testada e validada pela FinOps Foundation que se sustenta
numa arquitetura baseada numa metodologia que contempla os modelos abaixo:
Fases FinOps
As fases são definidas para que uma organização saiba que há um fluxo de informações e ações que precisa ser seguido, não necessariamente na ordem sugeridas, mas obrigatoriamente passando por todas elas.
Informar
Ter o conhecimento profundo do que envolve um ambiente em nuvem é a premissa para se
obter sucesso na governança de custos, pois isto dará um direcionamento melhor sobre o que
manter, o que excluir e como se manter o que ficou, otimizando e aprimorando continuamente. Isto praticamente entrega a visibilidade, através da observabilidade, para a aquisição e alocação de recursos, conforme o que se observou.
Otimizar
A otimização viabiliza a inteligência necessária que permitirá a contenção dos gastos e então iniciar a gestão de custos conforme o negócio pede. Classificar e definir regras de uso são fundamentais para a otimização, pois permitem olhar os ambientes de acordo com as regras de conformidade de uma organização. Cortar custos requer conhecimento do negócio.
Operar
Através de um ambiente conhecido e otimizado, a operação, com ações de melhorias contínuas e sustentada por um framework de gestão, fecha o ciclo.
Princípios
Os princípios oferecem o direcionamento da cultura FinOps, garantindo o conhecimento daquilo que se deve seguir:
- As equipes precisam colaborar
- Todos se apropriam do uso da nuvem
- Uma equipe centralizada impulsiona o FinOps
- Os relatórios devem ser acessíveis e oportunos
- As decisões são orientadas pelo valor comercial da nuvem
- Aproveite o modelo de custo variável da nuvem.
Não são estáticos e imutáveis. Podem evoluir conforme as tecnologias fluem e evoluem, na medida que novas experiências trazem novas metodologias e práticas. O importante é coloca- los em prática, preferencialmente dentro de um CCoE – Cloud Center of Excellence (Centro de Excelência em Nuvem).
Personas
A união de um time focado em governança de custos é o pilar mestre do sucesso das práticas FinOps.
Diferentemente dos propósitos de um squad DevOps, um time FinOps tem preocupações que transcendem a eficácia da operação. Elas vão desde o controle do que se sobe em cloud, até o que se tira, e como. E pessoas são fundamentais para isto.
1.Praticantes de FinOps
Encarregado da adoção da cultura FinOps em toda a organização.
2.Executivos
Patrocinam e valorizam as ações da governança de custos.
3.Proprietários do negócio/produto
Cuidam da evolução e road map de produtos e serviços seguindo as determinações da prática FinOps, porém sem impactar na evolução dos negócios.
4.Engenharia e Operações
Profissionais de TI que se concentram na construção e serviços de suporte para que a organização esteja aderente à cloud definida e em uso, sempre dentro das regras de negócios baseadas em FinOps.
5.Finanças/Aquisições
Analisam e entendem os dados históricos de faturamento para que possam participar da criação de modelos de custo cada vez mais precisos. Cuidam diretamente do billing e de suas melhorias, baseadas em ajustes finos, sempre em parceria com os integrantes do squad FinOps.
Domínios
Os domínios FinOps regem o caminho que uma empresa seguirá para atingir seus objetivos
traçados no Centro de Excelência em Nuvem. São eles:
- Entender o uso e o custo da nuvem
- Acompanhamento de desempenho e benchmarking
- Tomada de decisão em tempo real
- Otimização de taxa de nuvem
- Otimização do uso da nuvem
- Alinhamento organizacional
Fechando a combinação de práticas para a adoção da Cultura FinOps, citamos as
Capacidades, que irão permitir um alinhamento final nos propósitos citados acima:
Capacidades FinOps
- Alocação de custos (metadados e hierarquia)
- Análise de dados e apresentação
- Gerenciando Anomalias
- Gerenciando Custo Compartilhado
- Previsão
- Administração de orçamento
- Gerenciamento e automação de carga de trabalho
- Gerenciando descontos com base em compromisso
- Utilização e eficiência de recursos
- Medindo custos unitários
- Ingestão de dados e normalização
- Integração de estorno e finanças em TI
- Cargas de trabalho de integração
- Estabelecendo a cultura FinOps
- Integração de gerenciamento de ativos de TI
- Política e governança de nuvem
- Estabelecendo uma estrutura de decisão e responsabilidade FinOps
- Educação e capacitação de FinOps
E como gerenciar tudo isto?
Simples e fácil. Basta a adotar um framework FinOps especializado que permita a gestão e governança, com visibilidade em tempo real para acelerar a tomada de decisões, sempre que necessário.
E quais os resultados na economia dos gastos?
Eles serão rápidos e garantidos, especialmente quando se observar quesitos que antes não eram observados, tais como:
- Gerenciamento de deployment de aplicações com base na aquisição de recursos considerando promoções dos fornecedores em cloud;
- Otimização de uso de recursos considerando horários de operação de determinadas cargas de trabalho;
- Utilização de arquiteturas mais adequadas ao negócio, como a priorização de microsserviços baseados em contêineres;
- Visibilidade em tempo real através da Observabilidade;
- Formação de um Centro de Excelência em Nuvem, com gestão centralizada de custos, envolvendo os diversos times da organização.
Implemente a Cultura FinOps e sinta os resultados fluírem já no início deste quarter, ajudando sua empresa iniciar uma nova fase de adoção de uma arquitetura de nuvem baseada na governança de custos.
PIER CLOUD – Especialistas em FinOps
Sendo a prática FinOps uma cultura desenvolvida pela FinOps Foundation, todo o crédito de fases informada neste modelo é, por direito, dela, disponível em https://www.finops.org/ e foram adaptadas para melhor entendimento, seguindo fielmente os conceitos determinados na sua publicação original.
