Explorando os domínios da cultura FinOps

A Cultura FinOps, como toda metodologia ágil, oferece diretrizes que necessariamente
precisam ser seguidas para que de fato ela seja aplicada na sua íntegra.


Podemos compará-las como disciplinas de uma cadeira de aprendizado, como Engenharia
Eletrônica, por exemplo. A falta de qualquer conhecimento pertinente à uma disciplina,
acarretará numa lacuna que dificultará o exercício da atividade de Engenheiro eletrônico.


O mesmo acontece com as disciplinas FinOps, tratadas no pilar “Domínios”, que têm como
meta orientar squads de gestão financeira em nuvem a estruturarem seus métodos e
processos, que serão capazes de implementar uma governança capaz de manter os custos
devidamente monitorados e gerenciados.


Como dissemos no segundo post desta série, os domínios FinOps são
como disciplinas a serem seguidas. Através deles, uma organização conseguirá se utilizar de
um framework estruturado capaz de manter um Centro de Excelência em Nuvem sempre
atualizado e com os melhores cenários possíveis para a aquisição e uso de recursos
computacionais.

Vamos a eles:

Entendendo o uso e o custo da nuvem


Pensando em ser ágil nesta colocação, conhecer as aplicações da organização, sua estrutura de
cargas de trabalho, chegaremos numa arquitetura adequada para suportar os diversos
microsserviços distribuídos em contêineres que provavelmente elas exigirão.


Sendo assim, não basta saber o que as cargas de trabalho irão exigir, mas principalmente como
elas se comportarão durante as atividades de uma organização, considerando não somente
volumetria de acessos, mas principalmente picos que podem ocorrer sem que nenhuma lógica
esteja por de trás dos processos.

E isto não se pode fazer analisando apenas logs ou alertas de consumo. É necessário observar
as variações através de uma ferramenta adequada de gestão e controle, que consiga dar visões
preditivas de cenários que mudam conforme as alterações de variáveis, simuladas através de
Inteligência Artificial e Machine Learning.


Principais preocupações para entender o uso e o custo da nuvem:

  • Avaliação de possibilidades de nuvem com maior aderência;
  • Acessibilidade de dados de forma recorrente ou esporádica, permitindo os ajustes de
  • alocação em storages mais competitivos financeiramente;
  • Distribuição de microsserviços que provocam aumento de trafego interno de dados,
  • consumindo recursos desnecessariamente;
  • Aquisição antecipada de recursos com base numa amostra pequena, ou com base em
  • comportamentos anômalos que enganosamente indicam tendências;
  • Reservas de instâncias numa quantidade demasiada com a previsão de crescimento de
  • demanda, que pode não acorrer.

Enfim, outras preocupações seguramente irão surgir ao longo da gestão de uso de uma nuvem, exigindo ações de melhorias contínuas, tal como uma pilotagem de um cockpit complexo, que demanda ações de ajustes, sempre que necessário.

Acompanhamento de desempenho e benchmarking


Quando pensamos em nuvem, geralmente temos duas situações. Uma, onde as aplicações
foram migradas de um ambiente tradicional, e outra, onde estas já foram desenvolvidas e
criadas para a nuvem.


As diferenças de comportamentos podem aparecer com o tempo, já que uma aplicação nativa
em nuvem terá infinitas vantagens sobre aquelas que vieram adaptadas de um modelo de
arquitetura de servidores físicos dedicados.


A recomendação, nestes casos, é definir indicadores chaves de sucesso que poderão servir de
medição de comportamento e performance, avaliando e sendo comparados com dados
históricos, inclusive de outras experiências de mercado, como que realizando uma comparação
das melhores práticas externas para os devidos ajustes internos.


Fatores que podem ser usados para o acampamento dos fatores chaves:

  • Médias de transações medidas através de uma determinada lógica;
  • Total de vendas por um período;
  • Total de transações medidas por volume de acessos;
  • Consumo de banda de Internet diante de picos de acessos;
  • Requisições simultâneas às bases de dados.


Veja que não existe uma bula pronta a ser seguida. É necessário definir indicadores, compará-
los e monitorá-los continuamente, visando sempre os ajustes de melhorias em tempo real.


A adoção de um framework de gestão FinOps para esta atividade é fundamental.

Tomada de decisão em tempo real


Um dos domínios mais importantes na Cultura FinOps é a adoração de práticas que permitam
a tomada de decisões em tempo real.


Isto significa aplicar o que chamamos de observabilidade que, muito além do monitoramento
conhecido, oferece práticas capazes de prever comportamentos com bases em inputs dados
ao ambiente, através de ferramentas próprias para isto.


Aqui novamente entram a Inteligência Artificial e o Aprendizado de Máquina como soluções
importantíssimas para as análises, pois prever com antecedência o que poderá ocorrer num
ambiente em nuvem irá permitir as ações proativas de correções em tempo real, ou seja, antes
mesmo que elas aconteçam.


Vale lembrar que toda tomada de decisão deve ter como premissa o interesse do negócio,
como prioridade. Isto significa que o simples fato de identificar uma anomalia de
comportamento de risco, como o aumento de consumo de processamento, não significa fazer
ajustes para que isto não aconteça. Talvez a solução seja, conforme as regras de negócios
determinarem, totalmente aposta, ou seja, deixar que o aumento dinâmico de processamento
siga em frente, conforme a escalabilidade configurada permitir.


O importante não é estar amarrado à esta ou aquela ação, em determinadas situações, e sim
ter a capacidade de análise em tempo real, permitindo que uma tomada de decisão também
possa ser imediata, sempre que necessária.

Otimização de taxa de nuvem


Aqui está propriamente o controle de quanto se pode gastar versus o quanto de recursos se
espera usar.


A otimização de taxa de nuvem visa aderir às estratégias usadas por provedores de nuvem
para atrair e manter seus clientes, através das diferentes opções de aquisição.


Precificações e descontos baseados em compromisso de permanência de um determinado
tempo. Ajustes de modelos de pagamentos antecipados. Aquisição de recursos disponíveis em
Market Place relacionado. Enfim, tudo o que for possível deve ser considerado neste domínio,
permitindo que as opções de aquisição sejam sempre exploradas.

Otimização do uso da nuvem


Esta é considerada uma das mais importantes ações de um squad FinOps no quesito de
domínios na Cultura, pois visa manter o estado de excelência em todo o ambiente, revisto e
ajustado continuamente.


Alguns pontos chaves neste domínio:

  • Dimensionamento correto e preditivo de recursos;
  • Gerenciamento de cargas de trabalho para alinhamento com o número correto de recursos ativos e disponíveis;
  • Desativação de recursos quando não estiverem em uso;
  • Reativação quando os mesmos forem requisitados;
  • Alteração de tecnologia ou funcionalidade, sempre que percebida uma possível mudança;
  • Ajustes ou bloqueios de consumo, conforme determinados períodos.
  • Enfim, isto demanda conhecer o ambiente e entendê-lo, para poder adotar as melhores ações de otimização, sempre que cabíveis. E novamente um framework FinOps para isto é fundamental.

Alinhamento organizacional

Por fim, nada acontece bem se tudo não estiver alinhado com as expectativas do negócio.
O quanto se pode investir. Quais melhorias são possíveis, de acordo com a esteira de
integrações e entregas contínuas. O quanto as inovações tecnológicas no negócio promoverão
maior ou menor consumo de recursos.


O alinhamento organizacional é bastante importante para a governança dos custos em nuvem,
pois funciona como um gerenciador de atividades das personas envolvidas, permitindo que
cada um balize suas interações no ambiente sempre com o foco financeiro em mente.


Ele somente pode acontecer através de um framework de governança, onde todos os KPI’s
(Indicadores Chaves de Performance) podem ser inseridos e controlados de forma ampla,
como todos os outros domínios interligados.


O LightHouse da Pier Cloud oferece toda a tecnologia necessária para que o alinhamento organizacional esteja em sintonia com os demais domínios, garantindo que a Cultura FinOps tenha a sua prática garantida, e tudo com painéis de fácil visualização, ajudando na tomada de decisões de forma centralizada.
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PIER CLOUD

Sendo a prática FinOps uma cultura desenvolvida pela FinOps Foundation, todo o crédito fases informada nestemodelo é, por direito, dela, disponível em https://www.finops.org/ e foram adaptadas para melhor entendimento, seguindo fielmente os conceitos determinados na sua publicação original.

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Scharan

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