Razões práticas para a adoção da cultura FinOps

A diversificação tem sido uma prática comum nas organizações que buscam a continuidade nos negócios.


As ações de inovação buscam cada vez mais focar na distribuição da receita em produtos e serviços distintos, garantindo que a continuidade das operações fique livre dos riscos de interrupções provocadas por possíveis oscilações da economia.


Quando levamos este cenário para o universo de computação em nuvem, encontramos a mesma necessidade: Diversificar.


Contudo, isto se torna uma ação mais complexa, já que a governança de ambientes em nuvem exige muito mais cuidados que apenas escolher novos caminhos para novas receitas.


As principais razões para isto se resumem em:

  • Ambientes em nuvem precisam acompanhar as necessidades de negócios, permitindo que eles fluam sem impedimentos para o atendimento das demandas;

  • As constantes evoluções das tecnologias obrigam que os gestores de TI invistam em ferramentas capazes de manter e acompanhar estas mudanças, evitando assim a obsolescência dos ambientes;

  • As diferentes técnicas de distribuição de cargas de trabalho exigem a adoção de novas práticas baseadas em microsserviços, dispostos em contêineres, que podem fugir ao controle rapidamente;

  • As diferentes ofertas de provedores de cloud causam incertezas na adoção das opções mais aderentes e mais econômicas, gerando impedimentos muitas vezes comprometedores. Observe que este cenário inseguro gera o que normalmente chamamos de descontrole de custos, provocando a retração dos investimentos e bloqueando as inovações que a diversificação obrigatoriamente vai trazer.

E como evitar isto?


A adoção da cultura FinOps (CFM – Cloud Financial Management) é sem dúvida a melhor opção, permitindo que tudo o que chegar de inovação, ainda que acompanhado da diversificação de produtos e serviços, seja plenamente atendido sem a preocupação do estouro do orçamento.

Desta forma, algumas razões práticas para esta adoção validam esta afirmação:

1. Criação de um Centro de Excelência em Nuvem


Conhecido como CCoE (Cloud Center of Excellence), permite que uma central de operação de ambientes em nuvem seja montada e cuide da sua continuidade de acordo com as regras de negócios, pré-estabelecidas pela área de governança e compliance.

2. Squads especializados na gestão operacional de nuvem baseados em custos


Ambientes em nuvem precisam de um time de especialistas em governança de custos que, conforme as diretrizes FinOps, irão se manter dentro dos orçamentos traçados, permitindo que o crescimento ocorra de forma ordenada e, muitas vezes, conhecido previamente.

3. Uma cultura a ser seguida


A adoção da cultura FinOps é fundamental para que as melhores práticas na gestão de custos seja corretamente implantada e administrada conforme as expectativas do Centro de Excelência. Isto garante que as definições sejam efetivamente praticadas.

  • Princípios FinOps

A implantação correta da cultura inicia-se com base nos princípios FinOps, que irão dar as diretrizes necessárias para que todo o modelo de gestão seja corretamente adotado.

  • Pessoas chaves


A definição de um time coeso e alinhado com as diretrizes será fundamental para que a cultura tenha a garantia de execução tal como se deve.

  • Fases


As fases, independente da ordem a ser seguida, irão permitir que uma organização se mantenha alinhada com os passos a serem administrados, facilitando a tomada de decisões quanto ao controle e as otimizações necessárias para manter o ambiente equilibrado com os gastos.

  • Domínios


Os domínios são como disciplinas que um squad FinOps mantêm em constante evolução, facilitando com que as mudanças necessárias aconteçam sem impedir que os negócios fluam tal como deve ser.

Tudo isto faz com a organização ganhe uma maturidade que se mantém em constante evolução, permitindo que a inovação, acompanhada da diversificação de produtos e serviços, não sofra impedimentos e nem atrapalhe as novas ações que serão promovidas internamente.


Diante disto, é importante enfatizar que nada acontece se não houver ferramentas adequadas para que a gestão de tudo isto seja adequada.

A cultura FinOps não existe sem que um framework de governança esteja configurado para que tanto a arquitetura de aquisição e uso de recursos computacionais quanto as métricas de negócios que devem ser seguidas, estejam devidamente demonstradas em dashboards que expressam em tempo real o cenário de operação de um ambiente em cloud.


E isto valida mais uma razão para a adoção da cultura FinOps numa organização: Controle.


Veja o que um framework FinOps pode proporcionar:

  • Definição de KPIs (Indicadores Chaves de Performance) que irão ajudar a medir e sugerir correções em tempo real de cenários que podem colocar em risco a gestão dos custos;

  • Conferência de billing (faturamento) de recursos, ainda que multicloud, permitindo que uma conferência precisa do que se usa com o que se cobra esteja sempre em conformidade com a realidade;

  • Adoção das métricas de negócios com um monitoramento proativo sobre seu cumprimento, possibilitando conferências frequentes de compliance;

  • Avaliação e checagem de custos de contêineres, permitindo a adequada distribuição das cargas de trabalho conforme a configuração de alocação de microsserviços.

Exemplo de uma arquitetura de um framework de gestão FinOps:

O resultado da combinação das práticas FinOps com a ferramenta de gestão garantirá ótimos resultados na governança de custos dos seus ambientes dispostos em nuvem, indo além da economia, proporcionando ações rápidas de ajustes, conforme as regras de negócios exigirem.


Isto irá ajudar com que a diversificação de produtos e serviços numa organização não seja impedida por receios de aquisição e uso de recursos computacionais em nuvem.


Adote a cultura FinOps sem medo!

PIER CLOUD – Especialistas em FinOps


Sendo a prática FinOps uma cultura desenvolvida pela FinOps Foundation, todo o crédito de fases informada neste modelo é, por direito, dela, disponível em https://www.finops.org/ e foram adaptadas para melhor entendimento, seguindo fielmente os conceitos determinados na sua publicação original.

Scharan

Scharan